Com uma celebração religiosa seguida de um almoço festivo e uma tarde animada pelas bandas Grupo Tropical e Samambaia Azul, a Cooperativa Regional de Agricultores Familiares Ecologistas Ltda (Ecovale) comemorou seus 10 anos de fundação. A confraternização reuniu associados, consumidores, autoridades e representantes de entidades parceiras ontem, na comunidade Martin Luther, em Santa Cruz do Sul.
Para o coordenador do Centro de Apoio ao Pequeno Produtor (Capa) e assessor da Ecovale, Sighard Hermany, os festejos celebram uma década de superação de desafios, marcada pelo espírito cooperativo dos agricultores. “A agroecologia é um trabalho de persistência, onde os resultados aparecem a longo prazo. Se os associados se colocassem individualmente nessa missão, com certeza os resultados não seriam os mesmos”, acredita.
A crescente aceitação dos produtos ecológicos no mercado também é motivo para comemoração entre os produtores. Segundo Hermany, a procura por alimentos livres de agrotóxicos aumentou nos últimos anos. “As pessoas têm se conscientizado da importância de uma alimentação natural, pois o acesso a informações sobre os perigos dos agrotóxicos se tornou mais fácil”, esclarece.
FUTURO PROMISSOR
Frente aos resultados positivos conquistados durante os últimos 10 anos, a Ecovale projeta um futuro promissor. De acordo com Hermany, a intenção da cooperativa é ampliar a produção e a inserção no mercado, atingindo inclusive as escolas da região através da inclusão dos produtos na merenda. “Também queremos buscar um tratamento tributário diferenciado para as pequenas cooperativas, que pagam impostos integralmente, tornando a situação sufocante”, adianta.
A Ecovale foi criada no dia 12 de agosto de 2000, a partir da necessidade de um grupo de agricultores ecologistas, apoiados pelo Capa, tornar-se uma organização mais forte. Atualmente, a cooperativa conta com 65 associados nos municípios de Santa Cruz do Sul, Vale do Sol, Venâncio Aires e Candelária. Destes, cerca de 40 são homens e 25 são mulheres.
Hermany destaca a participação do público feminino como uma das propostas incentivadas pela entidade. Uma das primeiras associadas, a produtora Lisani Landskren participou da fundação da Ecovale. No município de Vale do Sol, ela organizou um grupo de nove mulheres, que formam uma pequena agroindústria voltada para a produção de bolachas caseiras. Para Lisani, o trabalho das mulheres na cooperativa é um avanço no mercado. “As mulheres têm o dom de expandir os negócios e a cooperativa nos permite mostrar isso”, aponta. A agroindústria feminina produz, em média, 170 quilos de bolachas por mês, que abastecem algumas escolas de Vale do Sol, a loja da Ecovale em Santa Cruz e ainda atendem encomendas. Atuando também como agente de saúde, Lisani passa adiante a filosofia da entidade quando alerta as famílias do município sobre a importância do reaproveitamento de alimentos. “As pessoas devem se conscientizar que uma alimentação saudável é uma forma de prevenir diversos problemas”, afirma.
Plantadas as primeiras 50 mudas do projeto de compensação ambiental
Na tarde da última sexta-feira, foi realizada a primeira etapa do processo de compensação do impacto ambiental da 26ª Oktoberfest e Feirasul, que acontecem de 6 a 17 de outubro, em Santa Cruz do Sul. Na ocasião, a rainha da Festa da Alegria, Maíra Farinon, a princesa Sâmia Caroline dos Santos Souza, o presidente da Coordenação Executiva, Ido Inácio Dupont, a vice-presidente, Ivone Kist, os coordenadores de Marketing, Marco Jardim e Diego Puntel, além de representantes dos apoiadores do projeto, realizaram o plantio de 50 mudas de espécies nativas no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul.
Antes do início do plantio, o professor Andreas Köhler, do Laboratório de Zoologia, explicou a metodologia do projeto, que está sendo coordenado por ele e pelo professor Jair Putzke, do Laboratório de Botânica, ambos da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Segundo ele, os cálculos a serem realizados para medir a emissão de carbono vão levar em consideração indicadores como lixo, esgoto, transporte, água, energia, entre outros. “Por experiência, acreditamos que a compensação deva envolver o plantio de aproximadamente cinco mil mudas de árvores”, destacou ele.
O projeto de compensação ambiental é inédito na festa e está sendo realizado graças a uma parceria entre a Coordenação Executiva e a Unisc, com apoio da Prefeitura de Santa Cruz, por intermédio da Secretaria do Meio Ambiente, e da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp). Os próximos plantios – com espécies de mudas nativas, de matrizes locais – devem ocorrer em áreas indicadas pelo município e também junto à Reserva Permanente do Patrimônio Natural (RPPN) da Unisc em Sinimbu.
fonte: http://gazeta.via.com.br/default.php?arquivo=_noticia.php&intIdConteudo=136270&intIdEdicao=2157
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