terça-feira, abril 27, 2010

Fiema Brasil 2010 abre hoje com 30% maior do que a edição de 2008

Embalada por um crescimento geral de pelo menos 30%, a 4ª edição da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente – Fiema Brasil 2010 – abre suas portas no dia 27 de abril (terça-feira), às 14h, nos Pavilhões da Fundaparque, em Bento Gonçalves/RS. O evento congregará, na área de exposição, as mais avançadas tecnologias, equipamentos e soluções voltadas às questões ambientais e, nos mais de 15 eventos simultâneos, ideias e ações focadas na sustentabilidade. Serão quatro dias intensos (entre 27 e 30 de abril) de negócios e programações direcionadas a variados públicos. A feira estará aberta à visitação diariamente das 10h às 18h.
Logo após a cerimônia de inauguração e da visitação das autoridades à feira, a programação do dia terá como destaque a entrega do 1º Prêmio Fiema de Jornalismo Ambiental, às 16h30min, e vernissage do 2º Salão Internacional de Artes, às 17h30min. Mas, mesmo antes ser aberta a Fiema terá o início de alguns projetos. O primeiro deles será o Viva a Natureza, voltado à educação ambiental (público com idade entre três e 11 anos), que já terá sessões nos dois turnos no dia 26 e na manhã do dia 27. Na segunda-feira, ocorre também o Desfile de Moda e o coquetel de boas-vindas, às 20h30min.
Fiema Brasil 2010 terá em seu espaço de exposição mais de 200 empresas e entidades, do Brasil e do exterior. Feira de negócios que é, terá como um dos destaques nesse sentido a Rodada de Negócios, duplicada nesta edição em número de empresas participantes e reuniões agendadas. O volume de negócios, por conta dessa ampliação, do reaquecimento do mercado e do aumento de importância da área ambiental no segmento produtivo, deve superar com facilidade o projetado de R$ 10 milhões.
A grade de atrações da Fiema Brasil deste ano comportará, além da presença de renomados especialistas e pesquisadores nacionais e internacionais – como o mexicano Enrique Leff, o finlandês Ilpo Penttinen, o alemão Werner Sternad e dos brasileiros Marcos Von Sperling e Hudson Couto -, projetos especiais. Entre os destaques estão a Casa Sustentável, o voo inaugural de um dirigível, o lançamento de dois anuários nacionais de arte, uma mostra de charges e tiras com o tema ambiental do cartunista Carlos Henrique Iotti e Rádio Fiema.
A visitação da Fiema Brasil 2010 é gratuita. O credenciamento pode ser feito através do site www.fiema.com.br. Só haverá cobrança de inscrição em eventos paralelos como o 2º Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente, seminários e Jornada Técnica Ambiental Gestão Municipal.
(Envolverde/Fiema Brasil)

segunda-feira, abril 26, 2010

Biopneus poderão chegar ao mercado em cinco anos

Além de usar biocombustível, os motoristas logo poderão dirigir carros que utilizam “biopneus”, ou pneus verdes, menos ecologicamente danosos dos que os pneus atuais.

Nos biopneus, um dos principais ingredientes dos pneus tradicionais, derivado do petróleo, é substituído por um composto derivado de plantas.

Hoje, cada pneu fabricado consome 26 litros de petróleo. A cada ano, são produzidos perto de um bilhão de pneus. E ainda não há uma solução definitiva para a reciclagem dos pneus usados.

Biopneus – Como no caso do etanol brasileiro, a solução para a fabricação dos pneus verdes, a partir de matérias-primas renováveis, pode vir da cana-de-açúcar, mas também do milho e até de uma gramínea, a switchgrass, muito pesquisada nos Estados Unidos.

O novo processo usa os açúcares derivados da biomassa para produzir um composto químico chamado isopreno, hoje um derivado do petróleo, um dos principais componentes do pneu.

“Tem havido uma busca intensiva, há anos, por fontes alternativas de isopreno, em particular a partir de recursos renováveis, como a biomassa,” disse o Dr. Joseph McAuliffe, que apresentou o novo processo durante a Conferência Anual da Sociedade Química Americana, nos Estados Unidos.

“Um dos desafios técnicos tem sido o desenvolvimento de um processo eficiente para converter os açúcares em isopreno. Nós resolvemos isto utilizando um processo de fermentação baseado em uma cepa de bactérias geneticamente modificadas para converter os carboidratos da biomassa em nosso bioisopreno,” diz McAuliffe, que trabalha para a Genencor, uma empresa de biotecnologia.

Bioisopreno – A empresa agora firmou um contrato com a Goodyear, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, para levar o processo para escala industrial, integrando o processo de fermentação, recuperação e purificação do bioisopreno.

O isopreno tem várias utilizações além da fabricação de pneus, de luvas cirúrgicas e produtos de higiene feminina a adesivos de alta fusão e copolímeros de bloco. Sua produção atinge quase um bilhão de toneladas anuais.

“Este é um mercado enorme,” disse McAuliffe. “O bioisopreno servirá como uma alternativa renovável e economicamente competitiva ao isopreno. É o tipo de material que poderá abrir novos mercados, por isso eu acredito os números de consumo atual do isopreno subirão muito quando o isopreno renovável estiver disponível,” prevê ele.

O pesquisador afirma que o isopreno derivado da biomassa poderá estar no mercado dentro de cinco anos, viabilizando o início da produção dos pneus verdes. (Fonte: Site Inovação Tecnológica/Ambientebrasil)

quinta-feira, abril 22, 2010

Dia Mundial da Terra*

O que está acontecendo conosco, ou melhor, com a Terra, nesta data, 22 de abril, em que se comemora o seu dia? Do final de 2009 para o inicio de 2010, 68 pessoas morreram vítimas de enchentes e deslizamentos em São Paulo. No Reveillon, o desabamento de encostas provocou 50 mortes em Angra dos Reis (RJ). Com a queda da ponte em Agudo, no Centro do Estado, em janeiro, cinco pessoas faleceram, as quais se somaram a outras em Candelária e Fontoura Xavier. Há poucos dias 250 pessoas perderam as vidas soterradas no Rio de Janeiro. Os terremotos não deixaram por menos: em janeiro, cerca de 200 mil pessoas foram vitimadas no Haiti; em fevereiro, outras 486 tiveram fim trágico no Chile; e agora, centenas foram mortas por um terremoto na China. No RS, 721 decretos emergenciais foram emitidos pelas prefeituras em 2009, como consequência de estiagens e temporais.

Enquanto isso, traficantes da zona Leste de Porto Alegre recrutam crianças para avisar que a polícia está chegando. Famílias inteiras são dizimadas pela tragédia do trânsito, como a que vitimou pai, mãe e filha na Rota do Sol, no dia 13 deste mês. A violência sexual praticada por um pedófilo em Luziânia, Goiás, assassinando seis jovens, deixou todos estarrecidos. Em Santa Cruz do Sul, uma égua foi martirizada com a introdução de um porrete em sua genitália, aliando-se o fato aos tantos maus-tratos aos animais.

Haverá de se dizer que maus-tratos aos animais, tráfico, desastres de trânsito, terremotos, pedofilia e assassinatos sempre ocorreram e que esses se somam a inúmeros outros casos de violência. Acrescenta-se que há décadas essas tragédias ficavam restritas e conhecidas por poucas pessoas, pois os meios de comunicação não tinham o poder de difusão instantânea de hoje. Temos aqui uma meia verdade.

É inegável que há um acirramento no conflito atual. Atualmente as intempéries são mais frequentes e intensas e as relações entre as pessoas e destas com a natureza são mais belicosas. Igualmente observamos um crescimento do individualismo. Parece que é mais importante nossa relação virtual e distanciada do que a próxima e local. Somos todos filhos da mesma Terra e a nossa satisfação depende do conjunto das criaturas. Quando uma destas estiver mal, os demais também estarão em desarmonia. Como está, sofre a Terra, e por conseqüência todos nós. Quando entendermos que todos somos importantes e que nossa mãe Terra nos acalenta a todos, haverá uma nova relação coexistencial. Utopia? Quem sabe, mas condição essencial para a busca da felicidade de todos.


*José Alberto Wenzel, geólogo e ex-secretário de Relações Institucionais


22 de Abril - Dia Mundial da Terra

Hoje é dia mundial da Terra. Esse dia tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.
A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.

Em 1972 se celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicar-los.

- O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulara por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.

- O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos na naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.

- No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta, tanto a nível global como regional e local.

"A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."

Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.

terça-feira, abril 20, 2010

Vulcanismo

Vulcanismos sempre houveram. Contudo, a forma com que ocupamos o espaço terrestre e atual estilo de vida nos fragilizam

segunda-feira, abril 19, 2010

Dia do Índio: 19 de abril

A notícia avassaladora chegou aos Sete Povos, no ano de 1750: pelo Tratado de Madrid, a região das reduções jesuíticas deveria ficar com os portugueses. No prazo de um ano, os jesuítas deveriam deixar os aldeamentos e migrarem com 30 mil índios para as terras espanholas. Decisões distantes e insensíveis estavam determinando o fim de um modelo único. Haviam sido construídos templos magníficos. Pela primeira vez nas Américas fundia-se o ferro e o bronze, as artes prosperavam, havia abundância de alimento, os ervais se desenvolviam e nas estâncias missioneiras proliferavam mais de 700 mil cabeças de gado. Dessa experiência, berço do cooperativismo, que poderia ter gerado o estado guarani missioneiro, muito se pode dizer e avaliar. Contudo, um aspecto merece destaque neste Dia do Índio. Trata-se do modelo de uso da terra, do trabalho e distribuição dos resultados.

A maior parte das terras pertencia à comunidade, constituindo-se no que chamavam de Tupambaé (Tupã = Deus; mbaé = coisa ou propriedade). O que era produzido nestas áreas era de uso coletivo, para produção de sementes, abastecer os depósitos de alimentos comuns, atender aos viajantes e hóspedes, prover o sustento dos inválidos, doentes, órfãos e mulheres viúvas e, garantir a manutenção do conjunto. Já no processo conhecido como “Ambabaé” (coisa de índio), a produção era para a família que recebia sua fração de terra. Por dois dias da semana, todos, inclusive os caciques, tinham que trabalhar nas terras comuns, e nos outros quatro, se dedicavam às suas propriedades individuais.

Considerada como a “utopia da batina”, a experiência missioneira buscou atender um sonho ancestral dos guaranis: viver numa “terra sem males.” Para a cultura indígena, a idéia da usufruição coletiva faz parte de sua tradição. A terra, no seu conjunto natural, por ser considerada sua mãe, é de todos. O formato que permitia ao aldeado prover por sua subsistência sem descuidar do coletivo, dividindo a semana em tarefas comuns e particulares, foi inclementemente destruído no massacre que foi a Guerra Guaranítica.

De hábitos nômades, os indígenas passaram a viver em povoados e, mesmo que se conteste o modelo da redução jesuítica, os próprios indígenas se negaram a sair das reduções. De certa forma, tinham se associado à cultura do bem comum sem descuidar do atendimento às necessidades individuais. Foi uma história de muito trabalho, dedicação e, sobretudo, esforço coletivo de cooperação mútua que não poderia ter sido destroçada. Não estará ali, nas campinas missioneiras, um luzeiro do que poderemos reconstruir? As terra vermelhas, tingidas de sangue indígena, quem sabe, poderão nutrir uma recivilização mais justa.

sexta-feira, abril 16, 2010

Amazônia

Conversei ontem com a Dra. Sirlei Elaine Hoeltz, arqueóloga. Ela tem feito diversos trabalhos pelo país afora. Seu relato me impressionou pela crueza da realidade amazônica, uma das suas áreas de trabalho, especialmente a Rondônia. Diz a arquéologa, que a Amazônia está virando pasto. Pelo que se vê, nossa geração vai passar como a que assitiu a tudo isso. Não podemos mais apenas  observar os dados oficiais, ver documentários de TV sobre o assunto. Precisamos agir. Formemos uma rede e vamos juntos encontrar formas de preservar o que ainda se pode. Meu telefone para contato: 98308445 ( wenzel)

quinta-feira, abril 15, 2010

RSC 471 e a ecologia*

O governo do Rio Grande do Sul, ainda este ano, irá disponibilizar um novo roteiro de exportação, que vai desafogar as principais rotas ao Porto Rio Grande, aproximar as pessoas, encurtar distâncias, tornar mais ágil e competitivo o processo produtivo gaúcho. Há poucos dias, em visita a RSC-471, o engenheiro Afrânio Fernandez, do Daer, de Santa Cruz do Sul, lembrou que em torno de 40 anos atrás era inaugurada a RS-386, que revolucionou o transporte sulino. A RSC-471 se insere no processo temporal de retomada da capacidade efetiva de investimento. Após quatro décadas, houve o enfrentamento dos gargalos estruturais históricos do nosso Estado, que envolve também a competitividade logística. Foi preciso sanear o Estado, para concluir e iniciar obras importantes e, sobretudo, para descerrar a cortina de um futuro promissor.

A RSC-471, além de integrar as regiões produtoras gaúchas e nacionais, agregar valor à produção, evitar desperdícios no transporte de maior percurso, oferecer melhores condições de comercialização e armazenamento, valorizar municípios com maiores dificuldades, diminuir o êxodo rural, dinamizar a economia regional, abrir novos horizontes tecnológicos e de diversificação, elevar a autoestima das comunidades, vai nos permitir um ganho ambiental.

Segundo o Daer-RS, além dos veículos de transporte de pessoas, devem se destinar diariamente ao Porto de Rio Grande, pela nova estrada, em torno de 400 caminhões. Como haverá um encurtamento equivalente a 220km, considerando ida e volta, transcrevemos o que nos responde a Dra. Patrízia Tomasi, especialista em projetos MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), reconhecida pela ONU-UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change) e sócia e diretora técnica da Planck E (www.planck-e.com), em São Paulo: “Adotando-se a densidade do óleo diesel como 0,8kg/L e, considerando-se que a queima de 1kg de óleo diesel representa a emissão de 3,68kg de CO2, temos: 66,7L de OD (óleo diesel) consumidos por caminhão, por dia (220/3,3). Em que se considere o uso diário do caminhão, durante um ano, temos a emissão de 71,7t de CO2 por caminhão (66,7 x 2,944 x 365); vezes 400 caminhões por dia teremos uma emissão anual de 28.670t de CO2/ano.”.

Além da menor emissão de CO2, há uma diminuição no desgaste de pneus, entre outros ganhos ambientais. Portanto, mediante um projeto, execução e usufruição socioeconômica ambiental responsáveis, com os impactos controlados a partir de implantação de medidas mitigadoras e compensatórias, têm-se muito mais que uma economia de tempo de dinheiro. A RSC-471 é a nova estrada da produção e define para o Estado um marco logístico de competitividade e ganho socioambiental.

* Artigo de minha autoria publicado hoje (15/04) no jornal Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul/RS

Dia Nacional da Conservação do Solo

A Lei n° 7.876, de 13 de novembro de 1989, institui o Dia Nacional da Conservação do Solo a ser comemorado, em todo o País, no dia 15 de abril de cada ano. Este dia é dedicado para reflexão sobre a conservação dos solos e sobre a necessidade de utilizarmos corretamente este recurso natural e, assim, viabilizarmos a manutenção e mesmo melhoria de sua capacidade produtiva, única forma de aumentarmos de forma sustentável a produção de alimentos, sem degradação ambiental.

Conforme estabelece o Decreto n.º 28.687/82, art. 72, poluição do solo e do subsolo consiste na deposição, disposição, descarga, infiltração, acumulação, injeção ou enterramento no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes, em estado sólido, líquido ou gasoso. O solo é um recurso natural básico, constituindo um componente fundamental dos ecossistemas e dos ciclos naturais, um reservatório de água, um suporte essencial do sistema agrícola e um espaço para as atividades humanas e para os resíduos produzidos.

A degradação do solo pode ocorrer por meio da desertificação, uso de tecnologias inadequadas, falta de conservação, destruição da vegetação nele encontrado pelo desmatamento ou pelas queimadas.

A contaminação dos solos dá-se principalmente por resíduos sólidos, líquidos e gasosos, águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos, efluentes provenientes de atividades agrícolas, etc. Assim, pode-se concluir que a contaminação do solo ocorrerá sempre que houver adição de compostos ao solo, modificando suas características naturais e as suas utilizações, produzindo efeitos negativos.

Para que o solo mantenha as múltiplas capacidades de suporte dos sistemas naturais e agrícolas, é fundamental que as suas características estruturais permaneçam em equilíbrio com os diversos sistemas ecológicos. Este condicionamento é tanto mais determinante quanto o tipo de solo é frágil e pouco estável.
A preocupação com os processos de degradação do solo vem sendo crescente, à medida que se verifica que, para além da clássica desertificação por secura, outros processos conducentes aos mesmos resultados se têm instalado, devido a:


- Utilização de tecnologias inadequadas em culturas de sequeiro.

- Falta de práticas de conservação de água no solo.

- Destruição da cobertura vegetal.


Um dos principais fenômenos de degradação dos solos é a contaminação, nomeadamente por:

Resíduos sólidos, líquidos e gasosos provenientes de aglomerados urbanos e áreas industriais, na medida em que a maioria são ainda depositados no solo sem qualquer controle, levando a que os lixiviados produzidos e não recolhidos para posterior tratamento, contaminem facilmente solos e águas, e por outro lado, o metano produzido pela degradação anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, pode acumular-se em bolsas, no solo, criando riscos de explosão.

Águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos lançados diretamente sobre os solos e/ou deposição de partículas sólidas, cujas descargas, continuam a ser majoritariamente não controladas, provenientes da indústria, de onde se pode destacar a indústria química, destilarias e lagares, indústria de celulose, indústria de curtumes, indústria cimenteira, centrais termoelétricas e atividades mineira e siderúrgica, assim como aquelas cujas atividades industriais constituem maiores riscos de poluição para o solo.

Efluentes provenientes de atividades agrícolas, de onde se destacam aquelas que apresentam um elevado risco de poluição, como sendo, as agropecuárias intensivas (suinoculturas), com taxa bastante baixa de tratamento de efluentes, cujo efeito no solo depende do tipo deste, da concentração dos efluentes e do modo de dispersão, os sistemas agrícolas intensivos que têm grandes contributos de pesticidas e adubos, podendo provocar a acidez dos solos, que por sua vez facilita a mobilidade dos metais pesados, e os sistemas de rega, por incorreta implantação e uso, podem originar a salinização do solo e/ou a toxicidade das plantas com excesso de nutrientes.

Uso desmedido das lamas de depuração e de águas residuais na agricultura, por serem materiais com elevado teor de matéria orgânica e conterem elementos biocidas que deverão ser controlados para reduzir os riscos de acumulação.

O processo de contaminação, pode então definir-se como a adição no solo de compostos, que qualitativa e/ou quantitativamente podem modificar as suas características naturais e utilizações, produzindo então efeitos negativos, constituindo poluição. Estando a contaminação do solo diretamente relacionado com os efluentes líquidos e sólidos neste lançados e com a deposição de partículas sólidas (lixeiras), independentemente da sua origem, salienta-se a imediata necessidade de controle destes poluentes, preservando e conservando a integridade natural dos meios receptores, como sendo os recursos hídricos, solos e atmosfera.

A destruição do manto florestal, os incêndios ambientais ou provocados, o sobrepastoreio e as inúmeras obras de urbanização, acelerando os processos erosivos, têm destruído, ao longo dos anos, enormes áreas de solos cultivados. Milhões de toneladas de solos perdem-se todos os anos devido à erosão. Com a introdução da agricultura, o homem modificou o equilíbrio ecológico em numerosas zonas. Muitos animais que no seu ambiente natural são eliminados devido à presença de predadores e parasitas, noutro meio são capazes de aumentar numericamente de forma considerável. Neste processo se deve procurar a origem da maioria das pragas conhecidas.

Para encontrar um novo equilíbrio ecológico e lutar contra os animais e plantas prejudiciais, começaram a utilizar-se, já há vários anos, certos produtos químicos cujo número e eficácia não parou de aumentar. Entre esses produtos destacam-se os pesticidas (fungicidas e inseticidas), agrotóxicos e herbicidas. Mas, o lançamento de quantidades maciças de pesticidas e herbicidas, além de matar os "indesejáveis", destrói muitos seres vivos que interferem na construção do solo, impedindo deste modo a sua regeneração.

Os produtos tóxicos, acumulando-se nos solos, podem permanecer ativos durante longos anos. As plantas cultivadas nestes terrenos infectados podem absorvê-los ainda mesmo quando estes não foram utilizados para o seu próprio tratamento. Assim se explica a existência de pesticidas nos nossos alimentos principais, como o leite e a carne, acabando a sua acumulação por se dar fundamentalmente no homem, que se encontra no fim das cadeias alimentares.

fonte: www.ambientebrasil.com.br

terça-feira, abril 13, 2010

Prevenção a eventos climáticos deverá ser tema de discussão na Consulta Popular 2010/2011

A Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais, responsável pelo planejamento e execução da Consulta Popular, começou hoje, 12, o processo de assembleias regionais preparatórias para discutir os projetos que vão à votação no dia 23 de junho. "Devem também ser temas de debates obras e ações preventivas a eventos climáticos e catástofres naturais", conforme o secretário da pasta, Hugo Prevedello. “É muito importante que se discuta a possibilidade de incluir esse tipo de projeto na votação de 2010”, declarou. “Estamos vivenciando uma crescente sequência desse tipo de evento no nosso Estado e País. Por vezes é a seca e por vezes são as chuvas. Esse é o momento de levar essa discussão para a esfera da prevenção, equipar a Defesa Civil, treinar as força de segurança, construir diques de contenção, trabalhar formas de irrigação, urbanismo, infraestrutura, saneamento básico”, enfatizou Prevedello, durante a primeira assembleia regional preparatória que aconteceu na tarde de hoje, em Soledade, com a presença de prefeitos, vereadores, secretários municipais, sociedade civil organizada, representantes do Conselho Regional de Desenvolvimento (Coredes) do Alto da Serra do Botucaraí e dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento (Comudes).

Para o secretário, é importante definir prioridades em relação à saúde, à educação, à segurança e à agricultura, mas é necessário também discutir medidas que revertam em prevenção à seca e às enchentes. “Prevenir ainda é o melhor remédio”, disse Prevedello. O segundo encontro será em Passo Fundo, às 19h de hoje, na UPF, no auditório do Iceg, prédio B5. Amanhã, as reuniões serão realizadas em Erechim (10h), Lagoa Vermelha (16h) e Vacaria (19h). Até o dia 10 de maio, a equipe da Comissão da Consulta Popular realizará encontros nos 28 Coredes do RS, com a missão de definir quais as demandas mais essenciais à população da região e que irão à votação.

segunda-feira, abril 12, 2010

Município Verde: Cachoeira do Sul

Cachoeira do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, sendo o quinto mais antigo do estado, emancipado da cidade de Rio Pardo e instalado em 1820.

A origem de seu nome se deve a uma antiga queda d’água existente no Rio Jacuí, em seu lugar foi construída a Ponte do Fandango. É considerada uma das 14 capitais farroupilhas.



Localiza-se na Mesorregião do Centro Oriental Rio-grandense e na Microrregião de Cachoeira do Sul. Fisiograficamente, está na Depressão Central do Rio Grande do Sul, na área compreendida como Vale do Jacuí, além de ser a principal e maior cidade do Conselho Regional de Desenvolvimento do Jacuí Centro e da Diocese de Cachoeira do Sul.


Área: 3.715,5 km²

Limites: Novo Cabrais, Paraíso do Sul, Candelária, Rio Pardo, Caçapava do Sul, Encruzilhada do Sul, Santana da Boa Vista, São Sepé e Restinga Seca
Coordenadas geográficas: 30° 02’ 48’’ de Latitude Sul - 52° 53’ 42’’ de Longitude Oeste
Altitude: 68 m nível do mar (Município) – 26 m nível do mar (Zona Urbana)
Clima: Subtropical
Temperatura média anual: 19,2º C
Relevo: Norte: montanhas (Serra do Botucaraí) - Centro Sul: campinas e coxilhas



Encontra-se às margens da Rodovia Transbrasiliana (BR-153) e distancia-se 196 km da capital estadual, Porto Alegre. Possui uma população de 89.395 habitantes (de acordo com o censo de 2005), sendo a maior cidade às margens do Rio Jacuí e sendo conhecida como "Princesa do Jacuí".

Cachoeira também ostenta o título de "Capital Nacional do Arroz", devido aos seus laços históricos com este grão. A cidade sedia a Feira Nacional do Arroz - Fenarroz  - www.fenarroz.com.br , o maior evento orizícola das Américas e o segundo no mundo. O município também é o maior produtor de noz-pecã da América Latina.

As ruas de Cachoeira possuem muitas árvores, arquitetura de quatro séculos diferentes e influência lusitana, germânica e italiana.



Possui diversos pontos turísticos dentre os quais pode-se citar o Château d'Eau + Catedral Nossa Senhora da Conceição + Prefeitura (cartão-postal da cidade) e a Ponte do Fandango, primeira ponte-barragem construída no Brasil, sobre o Rio Jacuí – onde também está a Praia Nova, com diversos bares, camping e quadras esportivas na temporada de verão. O rio é ideal para prática de várias atividades, como pesca, remo, canoagem, motonáutica, esqui aquático, jet-ski etc.

Destaques Ambientais:


Jardim Botânico e Zoológico Municipal

O Jardim Botânico e Zoológico Municipal foi criado em 5 de dezembro de 1986. Localiza-se na Rua Dr. Silvio Scopel, 502, ocupando uma área de 12.591 m2 no coração da cidade.

No Zoológico existem representantes de aves, mamíferos e répteis. Um serpentário chama a atenção dos visitantes.

No Jardim Botânico, dentre as espécies vegetais, encontramos árvores nativas, ornamentais, exóticas e frutíferas como: canela, guapuruvu, pinheiro brasileiro, pau-ferro, ginko biloba,camboatá...

No orquidário há exemplares de orquídeas de diferentes espécies como: cattleya, laelia, cymbidium, dendrobium, bifrenaria...


Oncinha nascida no Zôo nascida em 14 de outubro de 2003, preservação da espécie.

Praia Nova

A 3 km do centro, na margem direita do Rio Jacuí, encontra-se a Praia Nova, um dos principais pontos turísticos da cidade.

Freqüentado por inúmeros visitantes durante a temporada de verão, o local dispõe de bares, espaço para shows musicais, área de camping e quadras de esportes de areia, além de uma faixa de areia com guarita de salva-vidas. O local para banho é delimitado por bóias.

A Praia Nova recebe excursões de cidades da região todas as temporadas.





Orquidário

Criação de Orquídeas e bromélias

Carlos Daniel Schumacher da Rosa - orquidófilo e professor

Rua Olímpio Leal, 638 - Bairro Soares

Fone (51) 3722-1538

quarta-feira, abril 07, 2010

cacimbas

São necessárias as intempéries para que se repense o sistema contrutivo em vigor. Ao invés de acelerar o fluxo urbano de águas, há que se retardá-lo. Uma forma antiga, mas que seria muito bem vinda é a de cacimbas em cada casa, ou prédio. As cacimbas coletam as águas  das chuvas e funcionam como micro piscinões.

Rio de Janeiro

A terça-feira do Rio, como está sendo conhecido o desastre climático ali ocorrido, não deverá ser novidade daqui apra a frente. As mudanças climáticas serão cada vez mais frequentes e muito mais intensas. O Rio Grande do Sul é um dos estados mais susceptíveis a estas modificações, seja na forma de estiagens ou temporais. Ao se aliar a intensa e concentrada chuvarada com condições geológicas do terreno, como saturação de água e alto grau de impermeabilização das porções urbanizadas temos uma bomba relógio instalada.Cito minha Santa Cruz do Sul, onde temos o Cinturão Verde, que nos protege do calor excessivo, infiltra água, capta partículas de poeira, proporciona nichos da fauna e flora e embeleza a cidade. Cuidado !

segunda-feira, abril 05, 2010

Os principais animais ameaçados no Ano da Biodiversidade

Fora as causas já bastante conhecidas, como o desmatamento e o aquecimento global, ambos diretamente relacionados com atividades humanas que muitas vezes são inevitáveis para proporcionar a todos nós proteção e conforto nas cidades, pode-se perceber que nessa lista existem animais também ameaçados pela inadmissível perseguição para a extração de partes de seu corpo para obtenção de produtos supérfluos cujos benefícios apregoados não têm nenhuma base científica comprovada.

Por Marcelo Szpilman

Segundo dados das Nações Unidas, uma em cada cinco espécies de animais do planeta está ameaçada de extinção. Com o objetivo de chamar a atenção dos governantes e da população para a necessidade de preservação da vida em nosso Planeta, a ONU lançou recentemente uma campanha elegendo 2010 como o "Ano da Biodiversidade".

Em janeiro desse ano, o World Wildlife Fund (WWF) divulgou uma lista (veja abaixo) com os principais animais ameaçados de extinção. Apesar de achar que nessa lista deveriam constar também algumas espécies de tubarões vulneráveis e em perigo de extinção, como o grande tubarão-branco, vale a pena repassá-la e refletir sobre o comportamento do ser humano e sua arrogante pretensão de se achar mais evoluído e mais importante do que os outros seres que compartilham o mesmo Planeta.

Fora as causas já bastante conhecidas, como o desmatamento e o aquecimento global, ambos diretamente relacionados com atividades humanas que muitas vezes são inevitáveis para proporcionar a todos nós proteção e conforto nas cidades, pode-se perceber que nessa lista existem animais também ameaçados pela inadmissível perseguição para a extração de partes de seu corpo para obtenção de produtos supérfluos cujos benefícios apregoados não têm nenhuma base científica comprovada.

A ultrapassada e absurda crendice popular de que partes de animais, como o chifre do rinoceronte, o pênis do tigre, as patas de ursos e gorilas ou as barbatanas do tubarão, podem ter propriedades afrodisíacas ou medicinais, em conjunto com a ganância humana, continua sendo uma das grandes incentivadoras da caça e da pesca predatória que ameaçam a existência de diversas espécies.

01 - Tigre: novos levantamentos indicam que existem menos de 3,2 mil tigres na natureza. Hoje, só restam apenas 7% do habitat natural destes animais. O extermínio dos tigres também está ligado à falta de informação. Em muitas partes da Ásia, os tigres são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais.

02 - Urso polar: o urso polar se tornou o principal símbolo dos animais que perdem seu habitat natural devido ao aquecimento global. A elevação da temperatura no Ártico é uma das principais ameaças aos ursos, assim como os petroleiros e os derramamentos de óleo na região.

03 - Morsa: os mais novos animais a entrarem para a lista dos ameaçados, as morsas também são diretamente afetadas pelo aquecimento global. Em setembro, 200 morsas foram encontradas mortas nas praias do Alasca. Com o derretimento das geleiras, os animais estão ficando sem comida.

04 - Pinguim de Magalhães: o aquecimento das correntes marítimas tem forçado os pinguins a nadarem cada vez mais longe para achar comida. Não à toa, eles têm aparecido nas praias brasileiras, muitas vezes magros demais ou muito doentes. Das 17 espécies de pinguins, 12 jestão ameaçadas pelo aquecimento global.

05 - Tartaruga-gigante: também conhecida tartaruga-de-couro, são um dos maiores répteis do planeta e chegam a pesar 700 quilos. Estimativas mostram que há apenas 2,3 mil fêmeas no Oceano Pacífico, seu habitat natural. O aumento das temperaturas, a pesca e a poluição têm ameaçado sua procriação.

06 - Atum-azul: um dos ingredientes principais do sushi de boa qualidade, o atum encontrado nos oceanos Atlântico e Mediterrâneo está sendo extinto por causa da pesca predatória. Uma proibição temporária da pesca desta espécie de atum ajudaria suas populações a voltar a um equilíbrio. Segundo o WWF, as pessoas em geral podem ajudar a protegê-los diminuindo seu consumo.

07 - Gorila das montanhas: famosos depois do filme "Nas montanhas dos gorilas", estrelado por Sigourney Weaver, os gorilas podem deixar de existir na próxima década. Existem apenas 720 animais vivendo nas florestas da África, e outros 200 no Parque Nacional de Virunga, a maior área de preservação desta espécie. Em muitas partes da África, os gorilas são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais.

08 - Borboleta monarca: as temperaturas extremas são a principal ameaça destas borboletas, que todo ano cruzam os Estados Unidos em busca do calor mexicano. Elas vivem em florestas de pinheiros, área cada vez mais ameaçada pelo aquecimento global e urbanização crescente.

09 - Rinoceronte de Java: existem apenas 60 destes rinocerontes em seus habitat natural. Como seu chifre é usado na medicina tradicional asiática, os rinocerontes são caçados de forma predatória. A expansão das plantações também tem acabado com as florestas que abrigam a espécie. O Vietnã, país que era um grande habitat dos rinocerontes, abriga apenas 12 animais no momento.

10 - Panda: restam apenas 1,6 mil pandas na natureza, de acordo com o WWF. Eles vivem nas florestas da China, que estão cada vez mais ameaçadas pelo crescimento das cidades chinesas. Existe mais de 20 áreas de proteção ambiental no país para proteger estes animais. Metade dos pandas vive hoje em áreas protegidas ou em zoológicos.

fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=artigo&id===AUUJlcWtGZXJFbaNVTWJVU

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...