segunda-feira, maio 31, 2010

Dia do Geólogo

Ontem dia 30 de maio foi o dia do Geólogo, profissional que está atento a Terra e sua história, origens, estrutura e processos que a formaram e os que regem as transformações pelas quais ainda passa são objetos de estudo do geólogo. O profissional também deve estar atento à vida pré-histórica, registrada nos fósseis que são restos de seres vivos preservados em rochas.

Regulamentada no Brasil em 1962, a profissão é fiscalizada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.



Geólogo

O QUE FAZ?

Em laboratórios, escritórios ou no campo, o geólogo pode atuar em dez áreas diferentes que são a paleontologia, petrologia, pesquisa mineral, geologia de petróleo, hidrogeologia, geotécnica, geoquímica, geofísica, geologia marinha e geologia ambiental.

Confira o trabalho do geólogo em algumas delas:

Paleontologia

É a parte da geologia que estuda os fósseis, compostos por restos de animais e plantas petrificados. São muito importantes para determinar o tipo de ambiente e a época no qual os sedimentos se depositaram, além de indicar a idade de formação das rochas onde estão os restos preservados.

Petrologia

É o estudo das rochas que se dividem em ígneas, sedimentares e metamórficas.

Mas antes de entendermos, é preciso saber que a Terra é dividida em três camadas: núcleo, manto e crosta. A fusão dos dois últimos dão origem a um líquido chamado magma. Quando este se resfria e se solidifica forma as rochas ígneas.

Já as rochas sedimentares são fruto dos sedimentos que se acumulam nas depressões da Terra. E as metamórficas são formadas pelas modificações de temperatura e pressão sofridas pelas ígneas, sedimentares e outras rochas metamórficas.

Pesquisa mineral

Ao atuar na pesquisa mineral, o geólogo visa pesquisar um bem mineral em particular. No gráfico abaixo, você encontra dados sobre a produção mineral brasileira:

Geologia do petróleo

É o ramo da geologia que examina as camadas de rochas onde existe acumulação de petróleo. Resultado da decomposição dos restos orgânicos, este mineral se deposita nos poros das rochas sedimentares formando jazidas.

Meus Cumprimentos muito especiais a todos os colegas Geólogos

sexta-feira, maio 28, 2010

Greenpeace: Ranking de empresas verdes

Está no ar a nova versão do guia trimestral do Greenpeace que revela as marcas de eletrônicos que prezam pela saúde ambiental e humana. No ranking, queda vertiginosa para Samsung, Toshiba e Dell, penalizadas por não cumprirem o compromisso de eliminar substâncias tóxicas de seus produtos. Na liderança, Nokia, Sony e Philips, que além de eliminar químicos perigosos, tiveram bons desempenhos em quesitos energéticos.

Publicado trimestralmente desde agosto de 2006, o Guia de Eletrônicos Verdes tem como objetivo pressionar as empresas a produzir eletrônicos mais limpos e duráveis, que possam ser substituídos, reciclados e descartados sem prejuízos à saúde humana e ambiental. Na lista estão dezoito grandes empresas fabricantes de computadores, celulares, TVs e consoles de jogos eletrônicos, avaliados nas categorias químicos, energia e lixo, em quesitos como uso de substâncias tóxicas, pegada de carbono e reciclagem.



quinta-feira, maio 27, 2010

Vazamento de petróleo no golfo do México

Tenho mantido contatos com o pessoal do Ibama e Petrobras que estão no Golfo Do México. É fundamental criarmos conhecimento sobre o desastre. Para quem quiser ficar mais informado, abaixo links de sites sobre o desastre:

http://www.deepwaterhorizonresponse.com/go/site/2931/

http://www.lsu.edu/pa/mediacenter/tipsheets/oilspill.shtml

http://www.whitehouse.gov/deepwater-bp-oil-spill/

quarta-feira, maio 26, 2010

Governadora firma convênio com Banco Mundial para preservação da biodiversidade gaúcha

Em Brasília, a governadora Yeda Crusius firmou, nesta terça-feira (25), um importante acordo que reforça a parceria do Estado com o Banco Mundial: a doação de US$ 5 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente ao projeto de preservação da biodiversidade gaúcha, o RS Biodiversidade. "Este é um contrato inovador que possibilitará um modelo de sustentabilidade para o futuro", disse Yeda, ao firmar o contrato com o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop. O projeto busca conservar o Bioma Pampa e terá contrapartidas de US$ 6,1 milhões por parte do Governo.

De acordo com a governadora, o Estado atuará em 33 municípios e em 900 propriedades rurais, que abrangem quatro microrregiões do pampa. "São cidades de uma área deprimida. Esta parceria ajudará na produção sustentável", frisou. Yeda destacou ainda que o Banco Mundial já trabalhou com todos os biomas brasileiros. "Agora é a vez do pampa", completou. Sobre a relação com a organização financeira, afirmou: "O Banco é um agente que nos permite inovar. A confiança se reforça pelo objetivo em comum". O projeto terá duração de cinco anos.

Para Diop, a medida irá preservar espécies ameaçadas, além de ajudar os próprios produtores rurais. "Poderemos exportar essa experiência para o outro lado da fronteira do Rio Grande do Sul", comunicou, durante a reunião com Yeda Crusius. "As lições aprendidas das comunidades, de como integrar a produção com a conservação em um ambiente sensível, podem se reverter em grandes retornos para a preservação da biodiversidade", completou. Com o projeto, o Governo irá promover o desenvolvimento regional por meio da recuperação da fauna e da flora do pampa.

Pela proposta, a biodiversidade será compatibilizada com as atividades de agricultura, silvicultura e pecuária. Essas ações acontecerão em 16 unidades demonstrativas de manejo sustentável. Após a primeira reunião com o grupo de trabalho responsável, no dia 15 de junho, parte do dinheiro será liberada. Assim que for gastando e comprovando as despesas, os gestores do projeto terão acesso ao total do financiamento a fundo perdido. A parcela estadual servirá para, entre outras atividades, o pagamento da estrutura necessária ao programa. Parte dos recursos será repassada aos produtores para a implementação das ações nas unidades rurais.


Texto de Guilherme Flach
Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini

Números da Terra

Interessante simulação da  emissão de CO2, de natalidade e de mortalidade na Terra. Repare o movimento existente na China e na India. Muito mais elevado que em outros países.



http://www.breathingearth.net/

terça-feira, maio 25, 2010

Governadora assina ordem de início de obras e esgotos em Guaíba

Após inaugurar o novo Centro de Referência da Criança e do Adolescente em Guaíba, nesta segunda-feira (24), a governadora Yeda Crusius assinou ordem de início das obras de ampliação dos sistemas esgotos sanitários para o município, em um investimento na ordem de R$ 52,7 milhões. "É uma alegria muito grande assinar um documento que devolve à população seus impostos, através de obras por elas priorizadas. Com um tratamento respeitoso, o povo nos indica o caminho, através da prefeitura, e o Governo do Estado materializa em obras, como é o caso dessas, realizadas pela Corsan", disse Yeda.

O prefeito de Guaíba, Henrique Tavares, ao agradecer, destacou as parcerias do Governo do Estado com seu município. "A Consulta Popular beneficiou muito Guaíba, como é o caso do Centro de Referência e das obras da Corsan, favorecendo 70 mil moradores da cidade", disse. No sistema de esgotamento sanitário, o investimento é de R$ 52,7 milhões e serão destinados na implantação de 108 mil metros de redes coletoras, 78 mil metros de ramais prediais e uma Estação de Tratamento de Esgotos que vão beneficiar 70 mil moradores dos bairros Laranjeiras, Alvorada, Parque 35 e Centro. Essas obras serão executadas pela Secretaria de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, por meio da Corsan, e estarão concluídas dentro de um ano, possibilitando a elevação do percentual de atendimento dos atuais 3% para 45% da população urbana de Guaíba.

No sistema de abastecimento de água, o Governo também investirá mais R$ 3,6 milhões na construção de uma adutora de água tratada, estação de bombeamento, do sistema de tratamento dos lodos e mais um filtro da Estação de Tratamento de Água. Também será construído um reservatório de 500 mil litros no bairro Columbia City.



segunda-feira, maio 24, 2010

Concurso: Cidade Mais Florida do Rio Grande do Sul

Estive hoje acompanhando a entrega do Prêmio Cidade Mais Florida do Rio Grande do Sul, foi da Serra a vencedora. Gramado venceu o concurso, que teve promoção do Governo gaúcho e reuniu 25 municípios. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (24), no Jardim Botânico, em Porto Alegre. Ivoti ficou em segundo lugar e Colinas e Nova Prata empataram na terceira colocação. Instituído pela governadora Yeda Crusius, o concurso premiou as cidades que melhor contribuíram com embelezamento e valorização ambiental dos espaços públicos. A iniciativa integra o Programa Estruturante Nossas Cidades.

Os municípios participantes receberam uma placa de honra do Governo, além de um livreto de memórias elaborado pela organização do projeto, com matérias e fotos. Durante a solenidade, houve a apresentação da Orquestra de Câmara Jovem do RS. Todas as cidades que se inscreveram na ação foram visitadas. Os julgadores fizeram entrevistas, além de avaliar as medidas adotadas pelas prefeituras. "Essas localidades são precursoras e serão exemplo para outras", disse a coordenadora do projeto, Helena Hermany.


quinta-feira, maio 20, 2010

Paraísos Ecológicos: Parque Florestal Estadual do Turvo

Santuário que esconde a onça e a anta




O Rio Grande do Sul é um dos estados onde ocorreu a maior devastação das matas nativas, em todo o país. Praticamente não existem mais florestas virgens no Estado. Mas, se existir alguma área, ela certamente se localizará no Parque Florestal Estadual do Turvo, no município de Derrubadas. Trata-se de um dos mais importantes paraísos ecológicos gaúchos, último reduto de animais raros como a onça pintada e a anta (veja, na foto acima, uma onça na principal via de acesso ao Salto do Yucumã (veja fotos), no que poderíamos considerar o fundo do parque, na fronteira com a Argentina).

Nesse parque, com 17.491,40 hectares, estão algumas das matas mais altas do Estado, com árvores de até 30 a 40 metros, últimos exemplares da densa floresta do Alto Uruguai, uma formação com características semelhantes às do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.

São muito comuns espécies de grande porte como a grápia, canafístula, cedro e angico, entre outras que se encontram num equilíbrio quase perfeito com a vegetação secundária e rasteira.

Essa mata é uma das mais ricas em espécies vegetais, tendo sido contadas 727 num levantamento de pesquisadores do Departamento de Botânica da UFRGS. Falta agora complementar estudos acerca da interdependência que há entre elas, para que possa se saber como é que opera um ecossistema desse porte.

Recursos internacionais apoiaram estudos

Informações importantes surgiram de um estudo conduzido pelo Departamento de Recursos Naturais Renováveis da Secretaria de Agricultura do Estado. Em apenas um hectare foram encontradas 88 espécies florestais, entre árvores e arbustos, com 566 "indivíduos arbóreos", segundo a definição dos técnicos.

Outro estudo importante realizado nos últimos anos no Parque Estadual do Turvo contou com o apoio da World Wildlife Fundation, dos Estados Unidos, e apresentou informações importantes acerca da cadeia alimentar dos animais. De acordo com o que se verificou, de um modo geral os animais mais apreciados pelas onças são vegetarianos. É o caso da cutia, que come frutos e raízes; da capivara, que se alimenta da grama boiadeira e de outros vegetais aquáticos; do veado, que come plantas diversas; e do porco-do-mato, que come tudo o que cai no chão, de larvas a sementes e frutos.

Embora seja uma floresta densa, no Turvo também existem os chamados campestres, banhados, lagoas (são cerca de 15) e, nos três quilômetros de rio Uruguai na divisa com Santa Catarina (o parque fica no extremo noroeste do Rio Grande, abrangendo áreas da divisa com Santa Catarina e da fronteira com a Argentina) e nos outros 42 quilômetros da fronteira com a Argentina, há até mesmo cinco corredeiras.

Dentro do Parque, o Salto do Yucumã – que em língua indígena significa Grande Roncador – é o maior salto longitudinal do mundo, com 1,8 quilômetro de extensão. O canal, no leito do rio, possui uma largura máxima de 30 metros e uma profundidade de 120 metros. A queda chega a ter 12 metros de altura nos períodos em que não há cheia no rio. Apesar de estar em solo argentino, são os brasileiros que têm o melhor ângulo para contemplar as quedas d’água. Entretanto, passeios de bote pelo leito do rio saem apenas do país vizinho. Os banhistas devem procurar a parte mais larga e rasa do rio, pois junto às quedas a correnteza é forte e perigosa.
Primeiro parque do Estado

O Parque Florestal Estadual do Turvo é administrado pela Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul. Foi o primeiro parque criado no Rio Grande do Sul, em março de 1947, e também está entre os mais estudados por diversas universidades do Estado.

O jaguar, chamado na região de onça e até de pantera, é um de seus personagens mais raros. Alimenta-se de animais menores, mudando-os de acordo com a sua ocorrência. Quando um escasseia, passa a predar o outro. Gosta muito do porco do mato, mas também tem uma certa preferência pelo tapeti, parecido com uma lebre.

Num Estado onde restaram muito poucas matas, parece impossível que tenham sobrado jaguares, livres para caçarem seus porcos do mato ou tapetis, mas ainda ficaram alguns exemplares, talvez até dez ou um pouco mais, protegidos graças à vasta área do parque.

Com a suçuarana (um puma) e a anta, esses jaguares (foto no alto da página) detêm uma marca lamentada pelos defensores do meio ambiente: não existem em nenhum outro lugar do Estado, na quantidade necessária para assegurar-se a sua preservação.

Capivaras, veados de diversas classificações, lontras, gatos do mato, jaguatiricas, graxains, bugios, entre outros animais, estão entre os mamíferos, enquanto alguns tipos de tucanos, periquitos, macucos, o urubu-rei, a jacutinga, a arara maracanã, destacam-se entre as aves.






 

quarta-feira, maio 19, 2010

LUTZENBERGER + 8

* José Alberto Wenzel

Aos 44 anos de idade, já para o final do ano de 1970, o bem sucedido engenheiro agrônomo José Lutzenberger rompe com sua trajetória numa empresa internacional e se torna uma ativista ambiental. Lutzemberger se atira por inteiro na proposta ecológica, que iria assumir contornos dificilmente imagináveis na época.

Anteriormente, personalidades como Roessler, Rambo, e tantos outros, haviam feito uma precursoria alertadora. Seguiu-se uma fase que pode ser considerada de gerenciamento ambiental. Neste período, que perdura até hoje, foram solidificados órgãos de gestão ambiental, os regramentos e normatizações tiveram um incremento substancial, foram definidos fluxos e processos de fiscalização e licenciamento, parcerias públicas e privadas foram incentivadas e buscou-se a co-gestão descentralizada. Se evoluiu para práticas de responsabilidade e sustentabilidade sócio-econômico-ambiental, e se abriu um mercado “verde” de novas oportunidades comerciais e profissionais. Proliferaram publicações, conferências, fóruns, com larga ocupação de espaços na mídia.

Muitos foram os avanços, mas perduram flagrantes a serem resolvidos, como, a questão da abrangência das áreas de proteção ambiental, dos poços tubulares profundos, das relações entre os diferentes órgãos de gestão, da visão impositiva, das ocupações urbanas não planejadas e, entre outros, do maior problema que nos aflige: o tratamento dos esgotos domésticos. Apenas 13,6% do que é gerado em nosso Estado é resolutivamente tratado.

Com seu jeito sempre inquieto e salutarmente desafiador, Lutzenberger nos perguntaria hoje, no dia do seu oitavo ano de falecimento: e o ganho ambiental? Valeu a pena? Com certeza está valendo. Lembro que anos atrás, foi formado o coral da FEPAM/SEMA. A maestrina, na época, Maria Elisa, numa das apresentações assim se manifestou: “Não sei se vamos agradar a todos. Mas o nosso maior conforto, como resultado de nosso trabalho, vem das águas que não foram poluídas, dos animais que não foram maltratados, das plantas preservadas, do ar purificado, do solo mais fértil, e das pessoas que tiveram tudo isso a disposição”.

Há oito anos Lutzenberger, envolto num lençol, retornou a mãe terra e nos deixou um legado de alerta, conscientização e busca de efetivas soluções ambientais. Obrigado Lutzenberger, um gaúcho universal. A natureza bate palmas.

* Géologo e assessor do gabinete da governadora

Artigo publicado no Jornal Diário Regional de Santa Cruz do Sul em 15/05/2010

terça-feira, maio 18, 2010

Reciclagem de lixo: ação que transforma vidas

O que você faz com o lixo que produz? Cerca de 900 toneladas são despejadas nos depósitos e aterros sanitários da Região Metropolitana de Belém (RMB) todos os dias. Mas nem tudo que vai para a lixeira deixa de ter valor. Determinados tipos de plásticos, papéis, vidros e outros objetos podem ser reaproveitados. Porém, como a coleta seletiva ainda não é um hábito para a maioria da população, estes materiais acabam se perdendo.

Felizmente, há várias iniciativas de preservação do meio ambiente através da reciclagem. A dona-de-casa Graça Gaia, 58 anos, por exemplo, cultiva o hábito de separar o lixo que produz há pelo menos oito anos, pois sabe que, além da importância ambiental, existem pessoas que fazem do lixo a sua única fonte de renda.

“A prática deu certo durante dois meses aqui no condomínio, mas depois as pessoas foram deixando de lado, mais ainda quando roubaram os containers. A principal razão pela qual ainda faço isso é porque, além de fazer a minha parte e ficar com a consciência tranquila, os catadores vêm aqui todos os dias”.

Sem eles, a cidade estaria mais suja. Pessoas como Maria Lídia, 64 anos, vivem exclusivamente daquilo que conseguem encontrar nas ruas e nos lixões. “Estou nesta vida desde os 13 anos de idade, quando cheguei aqui em Belém. Tenho cinco filhos adultos e foi com o dinheiro que consegui trabalhando no depósito que pude dar um conforto para eles”, diz.

Recolhimento

Ela faz parte da Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém (ACCSB), responsável pelo recolhimento de materiais recicláveis separados por moradores e estabelecimentos comerciais nos bairros do Umarizal, Nazaré e parte do Reduto.

A associação executa o projeto Coleta Seletiva de Porta em Porta. Neste projeto, a Secretaria Municipal de Belém (Sesan) oferece infraestrutura e resgata dos lixões, como no bairro do Aurá, em Ananindeua, catadores e suas famílias, como Raimunda Araújo, 48, e Ana Cristina Araújo, 23. “No começo, eu levava comida para minha mãe e, quando completei 13 anos, resolvi ajudar ela e o meu pai, que preferiu continuar no Aurá”.

A associação fica na travessa Padre Eutíquio, na Cremação, e coleta materiais como papel branco, papelão, ferro, cobre, alumínio, vidro, isopor, garrafas pet, entre outros. “Aqui funcionam quatro grupos de coleta, que vão aos supermercados, bancos e casas buscando material e doações. Nós oferecemos o depósito e os instrumentos, o resto é com eles. Os ganhos variam, pois dependem do que conseguem armazenar e revender, mas gira em torno de R$ 190 para cada um, semanalmente”, diz a coordenadora pedagógica do projeto, Raimunda Cordeiro.

Além da ACCSB, existem outros grupos de catadores espalhados na cidade, como a Cooperativa de Catadores de Material Reciclado (CCMR), no bairro da Terra Firme. Porém, para que eles continuem fazendo este trabalho, é importante que a população colabore.

Empresários como Francisco Vallenoto, 39 anos, dão o exemplo e ajudam a manter a cidade limpa. “Apesar de morar no centro, ainda observo alguns lixões a céu aberto próximo do meu estabelecimento. Há cinco meses, descobri um grupo que recolhia papelão dentre aqueles entulhos e então firmei uma parceria. Como eu produzo excedente deste material, sempre que tenho uma quantidade razoável ligo para eles virem buscar. Assim ganhamos todos nós, principalmente o meio ambiente”.
(fonte: http://www.reciclaveis.com.br/)



Dicas da Natureza

Uma Tonelada de latinhas de alumínio recicladas economiza 200 metros cúbicos de aterros sanitários. (fonte WWF Brasil)

segunda-feira, maio 17, 2010

Philip Morris recebe licença ambiental para instalação de indústria no Distrito Industrial

O assessor especial do gabinete da governadora José Alberto Wenzel comunicou nesta segunda-feira, dia 17, que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam/RS) liberou a licença ambiental de instalação nº 528/2010 para a fumageira Philip Morris de ampliação da empresa no Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul. Conforme o assessor que também integra a Força Tarefa dentro da Fepam, este era o passo que faltava para que a empresa inicie o processo de construção da nova unidade. ?Isso demonstra o trabalho de responsabilidade ambiental e de agilidade do Governo do Estado que, é claro, está pensando também na geração de empregos e renda que a ampliação desta indústria irá gerar?. Wenzel ressaltou também a preocupação da Philip Morris com a área ambiental, já que a empresa vem cumprindo com todos os requisitos exigidos pela Fundação, que é integrante da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

No último dia 30, a empresa anunciou oficialmente à governadora Yeda Crusius o investimento de R$ 113,6 milhões na consolidação do centro fabril da unidade de Santa Cruz do Sul. O anúncio foi feito em um encontro ocorrido no aeroporto Salgado Filho, intermediado pelo assessor José Alberto Wenzel, com a presença da governadora Yeda Crusius, dos secretários de Estado de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Josué Barbosa, e da Administração e dos Recursos Humanos, Elói Guimarães, do presidente da Philip Morris no Brasil, Amâncio Sampaio, e o diretor de operações da empresa, Roberto Seibel.




Barcelona usa sistema subterrâneo para descartar lixo

O Jornal Nacional está apresentando desde segunda-feira uma série de reportagens especiais sobre as soluções encontradas por muitas cidades para reaproveitar o lixo. Na última reportagem sobre o assunto, o correspondente Marcos Losekann mostra como alguns lugares da Europa revolucionaram a maneira de transportar o que é jogado nas lixeiras.

Lixo amontoado, jogado no chão e espalhado pelas ruas. Não, essa não é a realidade de pelo menos 50 cidades européias que já descobriram um jeito de varrer o lixo para debaixo da terra - tudo de forma ecologicamente correta. Em vez de latas, que dependem de coleta periódica, bocas de lixo. Através das escotilhas, os cidadãos jogam os sacos. A partir daí, começa um show de tecnologia.

Todas as bocas de lixo são conectadas a um gigantesco sistema de tubulação enterrado a, pelo menos, cinco metros da superfície. Trata-se de um grande sugador, que aspira o lixo de hora em hora, dia e noite, o ano inteiro.

Os sacos chegam a ''viajar'' a 70 quilômetros por hora embaixo da terra. O destino final é um centro de coleta, geralmente instalado na periferia da cidade. O lixo entra diretamente em um container, que depois de cheio é transportado para uma usina de triagem, ainda mais afastada da cidade. Plásticos, latas e papel são reciclados. O lixo orgânico vira combustível para mover turbinas que produzem eletricidade.

A ideia nasceu na Vila Olímpica de Barcelona, construída especialmente para os Jogos de 1992. Parecia impossível unir lixo com limpeza e higiene. Mas deu tão certo que virou exemplo para a cidade inteira. O sistema acaba com a sujeira nas ruas, com as latas de lixo e, principalmente, com a coleta - um método que geralmente custa caro e polui o meio ambiente. Pelo menos 160 caminhões de lixo deixaram de circular diariamente pelas ruas da cidade.

Um barbeiro, que sempre viveu em Barcelona, é um dos maiores defensores do sistema.

“Não tem mau cheiro, não tem o barulho insuportável dos caminhões de lixo, é tudo limpinho”, ele observa. “É uma questão de inteligência e conscientização”.

Nos últimos 18 anos, a prefeitura de Barcelona vem investindo sistematicamente na instalação dos tubos.

“É como o fornecimento de água, gás ou energia elétrica. A tubulação é enterrada embaixo do pavimento das ruas”, explica o representante da companhia que criou o sistema. E o custo com o tempo se dilui e acaba sendo igual ou até menor do que o método tradicional de coleta.

Em Barcelona, os prédios de apartamentos construídos nas últimas duas décadas já têm o sistema instalado internamente. Os moradores nem precisam mais descer com os sacos até a rua: 70% do lixo na capital da Catalunha já são recolhidos assim. E, em cinco anos, Barcelona inteira não terá mais nenhum caminhão de coleta de lixo circulando pela cidade. Solução subterrânea que ninguém vê, mas com vantagens que, com certeza, todo mundo sente.

Fonte: Jornal Nacional - Assista ao video da reportagem: http://u.nu/3863a

segunda-feira, maio 10, 2010

Parabéns Mamães

Parabéns a todas as mamães e futuras mães! Carregar uma vida e trazê-la à luz, deve ser comemorado todos os dias.

Um grande beijo para a minha mãe, para a Verinha, mãe dos meus filhos, e para a Camila, mãe da minha netinha, Sofia.

quinta-feira, maio 06, 2010

Idéias que reciclam

Brasil é tetracampeão em reciclagem de latas

O Brasil bateu novamente o recorde mundial de reciclagem de latas de alumínio para bebidas em 2004, com o índice de 95,7%, 6,7 pontos percentuais acima de sua marca anterior. Pelo quarto ano consecutivo o país está na liderança do ranking mundial que inclui apenas os países em que a atividade não é obrigatória por lei, entre os quais, o Japão e os Estados Unidos.

Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira do Alumínio - Abal e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade - Abralatas, a performance brasileira atingiu a marca de 121,3 mil toneladas de latas de alumínio recicladas em 2004, que corresponde a cerca de 9 bilhões de latas no ano ou 25 milhões de latas por dia, ou ainda mais de um milhão por hora.

As latas de alumínio são o carro-chefe da reciclagem. Em escala crescente a cada ano, o reaproveitamento desse tipo de sucata tem levado o Brasil ao topo do ranking mundial desde 2001. Hoje, somente a etapa de coleta (a compra das latas usadas) injeta anualmente R$ 450 milhões na economia nacional, volume financeiro equivalente a empresas que estão entre as 500 maiores do país.

Esse resultado é fruto da conjugação de vários aspectos. O principal deles é o fato de o país possuir um mercado de reciclagem já estabelecido em todas as suas regiões. Além disso, a facilidade na coleta, transporte e venda e o alto valor da sucata de alumínio, aliados à grande disponibilidade durante todo o ano estimularam a reciclagem das latas de alumínio para bebidas, provocando também mudanças no comportamento do consumidor.

Um dos fatores que mais contribuiu para o progresso da reciclagem no país foi o engajamento da classe média. Entre 2000 e 2004, cresceu de 10% para 19% a participação de condomínios e clubes na coleta de latas usadas. Outro dado relevante é o surgimento de cooperativas e associações de catadores em todo o país: a participação dessas entidades na coleta de latas de alumínio passou de 43% para 52% nos últimos quatro anos.

Maior eficiência

O avanço tecnológico no setor aumentou significativamente a produtividade da indústria, fazendo crescer o aproveitamento da matéria prima: quando as latas de alumínio começaram a ser fabricadas no Brasil, nos anos 90, produziam-se 64 latas com um quilo de alumínio, ao passo que hoje é possível fabricar 74 latas com a mesma quantidade de matéria prima.

Hoje, o mesmo alumínio de uma lata que sai da fábrica leva apenas 30 dias, em média, para voltar ao mercado como matéria prima de uma nova lata. A lata de alumínio é a única embalagem que pode ser inteiramente reciclada para a fabricação de outras latas idênticas, de forma econômica e auto-sustentada.

Vantagens ambientais e sociais

Para devolver o alumínio ao mercado, a reciclagem economiza 95% da energia elétrica que é utilizada na produção do metal a partir da bauxita (minério de onde se extrai o alumínio). O volume de latas recicladas no Brasil em 2004, 121,3 mil toneladas, economizou cerca de 1.700 GWh/ano, ou seja, 0,5% de toda a energia elétrica gerada no país e o suficiente para abastecer uma cidade de mais de um milhão de habitantes, como Campinas (SP), por exemplo.

Além do estímulo à consciência ecológica e da economia de energia elétrica, a reciclagem de latas de alumínio gerou no ano passado uma economia de mais de 600 mil toneladas de bauxita.

Entre os benefícios sociais da reciclagem de latas de alumínio destaca-se a geração de emprego e renda para aproximadamente 160 mil pessoas em uma série de atividades que vão desde a coleta até a transformação final da sucata em novos produtos. Em 2004, mais de 16 mil escolas, creches e instituições cadastradas em programas de reciclagem de alumínio trocaram latas usadas por mais de 14 mil itens, entre equipamentos eletrônicos, mobiliário, kits escolares e cestas básicas.

 
Outras sucatas de alumínio

Além da reciclagem de latas, está crescendo também o aproveitamento de outras sucatas de alumínio. Ao todo foram recicladas, em 2004, cerca de 270 mil toneladas do metal, que representa 36% de seu consumo doméstico - a média mundial é de 32%

terça-feira, maio 04, 2010

De Drake ao Golfo do México*

Entre o poço de Drake, coronel (Edwin Laurentine Drake, norte-americano considerado o pai da indústria do petróleo) contratado para viabilizar a produção de petróleo em 1859, e os dias atuais, incluindo o vazamento no Golfo do México, muita coisa mudou. Na época, ele perfurou um poço que atingiu 21 metros, nos Estados Unidos, enquanto que hoje se alcança mais de nove quilômetros de profundidade. Avançou a tecnologia de perfuração rotativa, de circulação de lama, de colunas de aço, de brocas de alta resolução, além do conhecimento cada vez maior do setor. Tanto que hoje se busca petróleo em alto-mar e em condições muitos adversas. Contudo a base permanece muito semelhante ao longo das décadas que se sucederam.

Podemos ter avanços tecnológicos que nos permitam a prospecção e a produção aliadas às condições geológicas de geração e produção, sem termos a condição essencial: a vida. O petróleo é originado de animais e plantas em ambiente que a seguir garanta sua não oxidação e destruição bacteriana. Foi a abundância vital que nos legou as reservas de petróleo.

Agora, e não é a primeira vez, a espécie humana, que nem existia quando se formou o petróleo, se vê às voltas com um derramamento monstruoso da substância no Golfo do México. A mancha se alastra pelo oceano e atinge a região de influência litorânea do Sul norte-americano, área de delta e de pântanos, que se sabe, um dos maiores berços da atividade vital.

Debitamos o desastre a um problema de mecanismos que não funcionaram na hora de fechar o poço quando da explosão da plataforma. Quanto à perfuração, obriga-nos a realidade a detectar que o furo é mais embaixo. Na verdade, a humanidade está mais preocupada com quantidade de energia, matéria-prima, preço do combustível, marcos regulatórios, divisão de royalties, do que com a consequência dos atos de voracidade consumista.

Enquanto isso, animais, plantas e processos vitais estão a sufocar sob a avalanche de petróleo. Não se prega aqui o fim da tecnologia, mas o redirecionamento da pesquisa. Nós não podemos nos colocar como senhores da natureza como se esta apenas nos sirva de armazém e depósito. Como se pudéssemos retirar dali tudo que imaginamos necessitar e devolver a sucata descartada. Não temos como não ouvir o grito de socorro da natureza, até porque, no fundo, é um grito da mãe comum: a Terra. Não valeria muito mais a pena uma pesquisa voltada para a vida do que preponderantemente para a produção e consumo?

*José Alberto Wenzel, geólogo

** Publicado no jornal Zero Hora de 04/05/2010

sábado, maio 01, 2010

Petróleo e morte

É incrível o que está ocorrendo na costa  americana. São cadeias vitais inteiras que estão sendo vitimadas pela ganância humana, que tem uma das suas claras manifestações na desenfreada busca por hidrocarbonetos.
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