terça-feira, fevereiro 16, 2010

Cientistas preparam nova geração de modelos climáticos

Por Fabiano Ávila, da Carbono Brasil


Pesquisadores de vários campos vão unir esforços para que fatores como as políticas de redução de emissão de gases do efeito estufa e o crescimento no uso das fontes renováveis sejam englobados pelas previsões das mudanças climáticas.

Os cenários que prevêem os efeitos do aquecimento global e das mudanças no clima sempre foram um tanto quanto incompletos, já que envolvem centenas de fatores complexos, e os próprios cientistas reconhecem isso.

Agora, em uma tentativa de melhorar essas previsões, um grupo internacional de pesquisadores pretende diminuir a distância entre instituições da física, biologia e ciências sociais e dessa forma abordar com mais precisão tudo o que envolve as mudanças climáticas.

A principal idéia dessa iniciativa, publicada nesta semana na revista Nature sob o título “The next generation of scenarios for climate change research and assessment”, é trazer as potencias respostas humanas para dentro dos modelos climáticos. Assim, as metas de emissões já anunciadas pelos países, suas políticas energéticas e de mitigação seriam também levadas em conta nas previsões.

Metodologia

Um grupo de cientistas, liderados por Richard Moss do Pacific Northwest National Laboratory, definiu quatro futuros climáticos possíveis baseados na quantidade de energia solar que a atmosfera absorve. Eles chamaram cada um desses cenários de "Representative Concentration Pathway" ou RCP (em uma tradução livre, Caminhos Representativos de Concentração).

Será a partir desses RCPs que grupos científicos de todas as especialidades poderão dar suas contribuições para a criação de um quadro geral. Com isso seria alcançada uma visão mais ampla do mundo sob as mudanças climáticas, muito além de apenas informações do acúmulo de gases do efeito estufa.

“Nós desejamos explorar como as vulnerabilidades sociais e ambientais irão se desenvolver. Além de considerarmos quanto, como e onde as mudanças climáticas irão ocorrer, nós também precisamos saber como diferentes posturas da sociedade irão influenciar o aquecimento global”, explicou Moss.

Interdisciplinaridade

Um aspecto essencial desses novos modelos está na integração de diferentes tipos de estudos. Isto será possível graças à “natureza aberta” do processo: ao invés de tratarem cada problema de uma vez isoladamente, pesquisadores independentes e de disciplinas variadas irão aos poucos integrar seus trabalhos, utilizando as RCPs como uma estrutura de suporte.

Times de cientistas desenvolveram esta metodologia em um período de mais de três anos através de uma série de congressos internacionais. O objetivo seria englobar da energia à economia, das ciências terrestres às comunidades.

“Esta metodologia nos permitirá comparar efeitos ambientais e socioeconômicos de diferentes respostas às mudanças climáticas e iIsso será extremamente importante para determinar as ações necessárias para minimizar prejuízos. Esperamos também dar às autoridades melhores ferramentas para que elas ajudem as pessoas a lidar com as transformações no clima”, resumiu Moss.

(Envolverde/CarbonoBrasil/PNNL)

2 comentários:

  1. Que bom...pois nos últimos tempos os modelos climáticos falharam mais do que a zaga do Grêmio.

    Começo com o "climagate", ignorado pelo eco-comunistas, mostrando como os cientistas do IPCC falsificaram as médias históricas das temperaturas para assim, forjarem um "aquecimento global".

    Lembro ainda, das previsões pós-katrina, as quais afirmavam que os furacões no Atlântico Norte ficariam cada vez mais intensos e frequentes.
    Mas o que de fato aconteceu, é que desde então, as temporadas de furacões estiveram fracas, como nesta última, na qual apenas dois se formaram, e ainda assim, com baixa intensidade.

    Mais recentemente, o mesmo IPCC teve que desmentir mais uma das suas previsões apocalípticas: o derretimento das geleiras do Himalaia, em 2035.

    Neste caso, o IPCC cometeu um erro:
    Colocou a profecia num tempo muito próximo (2035).
    Isto porque a maioria de nós estará vivo nesse tempo, e assim, poderemos confirmar se ela aconteceu ou não.
    Deveriam ter seguido o padrão do Manual da Eco-Mentira, colocando essas profecias para um tempo longínquo, como por exemplo "no final deste século", "daqui a 100 anos", quando nós não estivermos mais aqui para dizer "o seu apocalipse não aconteceu. Vocês mentiram".

    Já no início deste mês, o IPCC se meteu em uma nova enrrascada, pois foi confirmado que o “conselho de experts” (expert panel) da ONU sobre mudança climática baseou suas reivindicações sobre o desaparecimento de gelo do topo das montanhas na dissertação de estudante e em artigo de revista sobre montanhismo.

    A nova revelação vem causando novos constrangimentos para o o Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC), que foi humilhado recentemente em declarações imprecisas sobre o aquecimento global.
    .
    O IPCC pretensamente proveria avaliações competentes de evidencias cientificas sobre a mudança climática.
    .
    Em recente documento o IPCC declara ter observado redução no gelo de montanhas nos Andes causado pelo aqueciemnto global citando 2 documentos como fonte da informação.
    .
    Porem, foi revelado que uma das fontes é um artigo publicado numa popular revista de escalada baseada numa fútil evidencia de montanhistas sobre mudanças que eles estariam testemunhando nas montanhas em volta deles.
    .
    A outra foi uma dissertação escrita por um estudante de Geografia da Universidade de Berne (Suíça) que cita entrevista com guias montanhistas dos Alpes.


    Sendo assim, Caro Wenzel, fico feliz por esta nova geração de modelos climáticos, pois estes, estão muito mentirosos.


    MetSul:
    http://www.metsul.com/__editor/imagemanager/images/janeiro2010/post2301b.JPG

    http://www.metsul.com/__editor/imagemanager/images/janeiro2010/post2301e.JPG

    http://www.telegraph.co.uk/earth/environment/climatechange/7111525/UN-climate-change-panel-based-claims-on-student-dissertation-and-magazine-article.html

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u681427.shtml

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  2. Leonel, obrigado pelo comentário. A natureza não se dobra à modelos matemáticos, sejam climáticos ou outros. Na verdade, os humanos conhecem muito pouco da natureza.

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